A tarefa da aula de hoje era escolher qualquer alimento que ainda não conhecíamos e fazer uma “avaliação sensorial” (paladar, tato, olfato e visão). Com base nessa avaliação tínhamos que responder umas perguntas e com as respostas criar um texto explicando nossas impressões.
Fui na lojinha de orgânicos perto lá de casa porque pensei que se era pra provar algo novo, que fosse o mais original que eu pudesse encontrar. Pedi ajuda a vendedora sobre como escolher as frutas e a resposta foi: é sorte, não tem como saber. Ou seja, boa sorte pra mim… (e um ponto a menos pra moça da lojinha…)
Escolhi a Romã e a Toranja por serem frutas pouco comuns no Brasil e por eu nunca ter provado nenhuma das duas 🙂
Eu nunca tinha nem visto uma Romã de perto… Eu sei, isso é esquisito, mas apesar de existir, é uma fruta bem difícil de se achar no Rio de Janeiro (o maridolindo disse que viu raramente em festas de natal e reveillon mais tradicionais, mas nada muito comum realmente).
Achei a fruta meio engraçada e como disse acima, tive dificuldade de entender o que estava maduro. Não entendi muito a casca, a fruta por fora não tem nenhum cheiro, então olhei as que tinham uma carinha razoável e foi meio no unidunitê mesmo.
Quando abri a Romã não achei que ela tem muito cheiro, é um cheiro bem levinho, um pouco adocicado. Das duas frutas que comprei uma tava com a cor bem diferente da outra e uma delas tinha uma “carninha” que me lembrou o caju. Dando uma googada em imagens de Romã, a impressão que tive é que uma não estava madura o suficiente e a outra estava madura demais, quase passando. Como eu não tinha parâmetro e nada tinha cheiro de estragado, eu provei mesmo assim. >.<
Provei primeiro a que estava com cara de passada, achei o cheiro dessa mais gostoso, o que faz sentido já que normalmente quanto mais madura mais cheirosa a fruta…
Achei a fruta doce e levinha, assim como o cheiro. Quando você prova sem o olfato (tapando o nariz) ela parece mais doce do que é, mas quando você prova junto com o olfato, achei interessante como junto com o doce você sente uma certa cica, me lembrando de novo o caju.
O que eu achei mais diferente na Romã é o jeito de comer, porque são mil mini sementes e vc come só o que está em volta de cada semente. Fiquei pensando q se eu achasse uma fruta boa e madura de verdade (tipo as lindezas do google) seria legal pegar um monte de sementinha e comer de uma vez só, tipo comer maracujá.
Eu ainda quero comer Romã de novo, com alguém que saiba escolher uma fruta bem bonitona pra eu ver se realmente vale à pena, porque até agora to achando muito trabalho pra tão pouco sabor… Não que seja ruim, mas não ganhou meu coração.
TORANJA
Particularmente, eu nunca vi Toranja no Rio de Janeiro. É uma fruta que sempre tive curiosidade de provar porque os cosméticos feitos com cheiro de Toranja são muito apaixonantes, e eu que já tenho um fraco por frutas cítricas sempre imaginei que seria a 5ª maravilha do mundo.
Foi mais fácil escolher a Toranja que a Romã. Ela parece uma laranja gigante, e como toda fruta cítrica, chequei textura da casca e se estava macia o suficiente. Por dentro ela tem uma cor mais forte que as laranjas e as tangerinas que conheço, quase que um rosa alaranjado, muito linda!
Diferente da Tangerina Pocã, não achei que a Toranja tem muito perfume quando fechada, mas quando você abre: MELDELS! Que cheiro maravilhoso! É como se fosse a evolução da laranja com o limão e a tangerina! Esse cheiro deixou minhas expectativas lá no céu.
Mas o tombo foi gigantesco! Nossasinhora que horroooor! O sabor parece do bagaço de uma laranja boa. Primeiro vc sente um sabor cítrico delícioso, um pouquinho doce, um pouquinho azedo e de repente, pá! Um amargo terrível! Foi muito triste, uma decepção.
Por incrível que pareça a Toranja me lembrou o Aperol e quando fui pesquisar, descobri que o Aperol é uma infusão de laranja doce com um tipo de laranja amarga.
O que achei mais interessante certamente foi o aroma da fruta e fiquei muito curiosa pra saber como as pessoas comem Toranja de maneira que fique delicioso.
Eu não queria nunca mais ver uma toranja na minha frente (hahaha! trauma!), mas como tenho a filosofia de sempre provar as coisas pelo menos umas 3 vezes pra tentar entender direito, comeria (e comerei!) outra toranja pra tentar entender, porque, PELAMOR, não pode ser real um cheiro tão maravilhoso com uma fruta tão amarga.
SOBRE A TAREFA
Achei a idéia de fazer essa análise prática de cada descoberta muito interessante, tanto que vou transformar esse tema em uma categoria aqui no blog. Vai se chamar Descobertas e Sabores!
Apesar de ser uma pessoa que prefere os alimentos salgados, ácidos/cítricos e frescos, não há uma comida nessa vida que eu não tenha curiosidade de provar se alguém me disser que vale à pena, e é difícil eu realmente não gostar de alguma comida. Sendo super curiosa do jeito que sou e morando numa cidade como Toronto, tão diferente do Rio e tão multicultural, com comidas de todos os cantos do planeta, a minha vontade é todo dia sair pra provar uma coisa diferente! ♥ Só me falta tempo mesmo ($$ – hehe).
Com essa primeira experiência, aprendi a prestar mais atenção em cada detalhe dos alimentos, não só de novas descobertas mas até de alguns já velhos conhecidos. Muito legal como você acaba vendo os mesmos alimentos com outros olhos quando presta mais atenção a cada detalhe…
Esses olhos abertos aos detalhes de cada alimento, me fazem ter um cuidado maior com cada ingrediente que coloco em um prato e percebo também como provar cada etapa de uma preparação pode ser crucial pra um resultado maravilhoso.